January 10, 2007

:: PERFIL ::

Vamos aproveitar este blog para ficarmos a conhecer um pouco melhor alguns amantes deste movimento clássico. Iniciamos estes artigos por uma figura bastante conhecida no meio e um dos primeiros impulsionadores do “Slot Classics”.

Nome: Francisco Bianchi de Aguiar
Idade: 47 anos
Profissão: Médico Pediatra



SC: Como foi o seu primeiro contacto com os slot-cars?
FB: Talvez com 10 anos. Nessa altura o meu pai comprou uma pista Jouef (com o Porsche 917 e o Matra 650) para entreter o meu irmão que havia sido operado. Imediatamente fiquei fascinado pelos carros e pelas suas possíveis modificações. A competição veio logo a seguir.

SC: Após esse contacto, continuou a praticar este desporto?
FB: Inicialmente com os meus irmãos - sou o 9º de onze. Só mais tarde iniciei o contacto com outros praticantes. Até lá chegava-me o que tinha em casa, com os irmãos e amigos. Só me estreei mais tarde no Orfeão de Matosinhos, já com 16 anos, numa corrida com um Policar (McLaren F1) em que me classifiquei em 8º.
A partir daí comecei a participar com alguma regularidade.



SC: Como foi a evolução?
FB: Rapidamente evolui para a classe Parma 1/32 e Livre e aí me mantive até aos 25 anos, mas então já na pista do E.V.S., na Promoslot (Póvoa) e outras. Sempre em chapas e ao mais alto nível até que fartei pois não disponha de tempo nem dinheiro para aguentar a parada. E como gostava de ganhar... Devo acrescentar que nessa altura achava os carros de plástico
sem interesse. Quem diria que mais tarde... Após um longo interregno de quase 17 anos deparei com uma pista de slot em Gaia, ao procurar um jipe usado. O bichinho que eu julgava morto e enterrado nunca mais se calou.

SC: Quais as suas melhores recordações - e as piores?
FB: Ainda hoje recordo a corrida inaugural do E.V.S. em que fui convidado pelo João Rodrigues para a sua equipa. Na altura representou para mim a confirmação que se calhar teria algum jeito. Obrigado João! Mais tarde a vitória nas 24 horas no EVS ainda com o João Rodrigues, o Jaime Campos, o meu irmão Carlos e o Carlos Prata.
Recordo com tristeza o fio partido nos últimos minutos da corrida no meu Parma que me fez perder o 1º campeonato de Parmas no EVS para o meu amigo Jaime Campos. Os tempos actuais não me marcam tanto. Mas ainda me divirto muito.



SC: Na sua colecção, guarda muitos modelos?
FB: Apenas guardo o meu chassis flexi-board completo 1/32 que comprei em 1980 ao Tony Hough por 3 contos e com o qual pouco ou nada ganhei. Corria com um induzido GP 20 em pista de plástico. Não sou de todo um coleccionador de slot. De estáticos 1/43 sim.

SC: Continua a dedicar bastante tempo a este hobby/desporto?
FB: Demais. Não há dia em que não procure na Net qualquer coisa relacionada com o slot.



SC: Como encara hoje em dia o slot?
FB: De uma forma mais lúdica e sem ambições de vencer. Começo a apreciar mais a preparação e até o coleccionismo (quem diria). A organização de eventos como este que agora decorreu agrada-me imenso. Mas não pretendo deixar de correr. Apenas correr sem compromisso.

SC: Como prevê o futuro desta modalidade?
FB: Começa a ser assustador a permanente saída de novos carros, novos materais e de novas tecnologias. Tem de haver a preocupação de criar uma contenção de custos, sob pena de a maioria das pessoas se afastar. Eu até já assisti a esse filme nos anos 80... e não gostei.

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